quarta-feira, abril 13, 2011

soledade

soledade deu em saudade
na história longa
da língua galega

e hoje diz o seu revés
não é mais soledade
- a doída ausência que também és
mas é saudade llena, intensa
- a doída presença que também és

acho mesmo que amas
(eu mesmo te acho às vezes)
assíduos os dois na mesma
cidade

encho o coração ermo
solto o choro enviesado
enxugo o mar de dores
em si

sei dos demônios
todos de outro homem
dos seus enxames
amenos

mas,

saudade de mais
te echo de menos

4 comentários:

O ENCOURAÇADO BOTEQUIM disse...

Que jogo de palavras inusutado.
rico e nada óbvio, nada naife.
Sou teu fã de antes, de agora e adiante.

Beto Vianna disse...

fã assim, daniel, um só é banquete

angela d.canfora disse...

Ei, fanna também Beto. Ainda no clima do "mais hum" e você vem com "soledade"; muitas únicas unidades.

Beto Vianna disse...

:)