talvez a
única vera coisa
que me salve
hoje dessa loucura
seja um
modelo triste de eu mesmo
...
não! nunca esse
eu que é desejoso
nunca! nunca
esse eu que é voraz
não! não esse
hoje eu que é criança
...
(um eu que
brinca, que ri, que goza
um eu que pede,
que quer, que chora
um eu que canta,
que toca e dança)
...
o eu a ser meu
salvador é:
distante e
grave, pausado e surdo
é um eu de
nada, é um outro mundo
.