quinta-feira, junho 27, 2013

Água turva




Água turva, turva, turva
Aguardo-te aqui, água turva
Sobre ti uma touceira de rosas viúvas
E tu és turva, turva, água
E cai sobre ti uma pétala
De uma rosa viúva do cacho
Da touceira que tomba por sobre
A água turva, que aguarda-me aqui.

E a água permanece turva.
E returva, e returva, e returva.

Um observador observa
a touceira de rosas viúvas
que sobre a água recurva.

A água permanece turva, turva.

Que não acalma a água se a ela
vidiamos, deixando-a quieta.

Em guarda.
E quieta.

Só calma a água se em ela
nadamos por dentre o olho dela.

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