segunda-feira, agosto 08, 2011

Esquizimento

E eu que quase ia me esquecendo que rebrilham seus olhos,
sem atinar que eram nos verdes dos meus.
E eu que ia ignorando que ocê me adora.
E eu que gostava de duvidar que ocê me admira,
que ocê me quer,
que ocê quer meus conselhos,
que ocê quer meu amor,
quer minha loucura, quer minha doçura.
Entre montanhas iguais de verdes,
no mais guardado docê,
no mais livre,
quase sem medo, quase sem culpas,
ia eu desatinadamente me esquecendo.
E eu que fiz pouco docê comemorar esse amor
como quem abraça a vida,
entre montanhas.
E me esquecia (quase me esquecia)
que ocê se envolve de mim.
E eu (ai, d’eu!) que tive perto de me esquecer que,
pra mim,
é com saudade
que o seu nome
tive perto de me esquecer.


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