eu vi a felicidade
e ela zombou de mim
era um metro e vinte de felicidade
e ela aumentou o mim
tomei um banho de felicidade
e a ducha era tão pequena
que eu fiquei assim
o que faço agora?
quem eu amo agora?
eu vi a felicidade
e a felicidade tomou conta
deixo a poesia pra depois
prefiro falar
agora só de arroz
mortos logo ressuscitarão
e meu paladar
morre ao falar feijão
mando a poesia se mancar
prefiro andar
por sobre nós dois
ou somos já três?
as três mentirinhas logo acima
é sempre bom de falar
e quase sempre rima
o que a gente acontece é viagem que
nunca vai passar
de uma grande bobagem
tudo o que acontece com a gente
nunca vai passar
eu vi sua felicidade
com cabelos e olhos negros
e uma infância que nem se eu quisesse
nunca vai passar
to me.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário