domingo, maio 15, 2011

felicidadezinha




eu vi a felicidade
e ela zombou de mim

era um metro e vinte de felicidade
e ela aumentou o mim

tomei um banho de felicidade
e a ducha era tão pequena

que eu fiquei assim

o que faço agora?
quem eu amo agora?

eu vi a felicidade
e a felicidade tomou conta

deixo a poesia pra depois
prefiro falar
agora só de arroz

mortos logo ressuscitarão
e meu paladar
morre ao falar feijão

mando a poesia se mancar
prefiro andar
por sobre nós dois

ou somos já três?

as três mentirinhas logo acima
é sempre bom de falar
e quase sempre rima

o que a gente acontece é viagem que
nunca vai passar
de uma grande bobagem

tudo o que acontece com a gente
nunca vai passar

eu vi sua felicidade
com cabelos e olhos negros
e uma infância que nem se eu quisesse
nunca vai passar

to me.



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