Que
é a vida convivida?
Eu
ainda não provei.
Eu
ainda não sei o que é ser, com outro ser,
o
dou, o sobrar e o sabor.
O
que é a saudade, se ela só se rola e enrola
como
um canivete de mola,
de
que se sente o fio frio logo a navalha é aberta,
e
guardada nem fere, nem toca, nem corta?
De
que vale amar o amar demais do mesmo?
De
que serve a cisma, o firme, o vício?
De
quantos paus dispor preciso
dos
quais meu um é a encolhida fonte?
Quantos
dias preciso entregar
ao
futuro que os dias por vir me deve?
Quantas
noites o sorriso me há de roubar
a verdade alegre que a boca não quer
não
pode
nem
deve
me
contar?
.
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