Eu tenho as mãos cansadas
eu levo as mãos envelhecidas
eu trago as mãos calejadas.
Recolho as mãos sanguentadas.
O líquido flui espesso
o coração pulsa compasso
o sangue atinge vermelho.
Regiões se enchem extremas.
O pulso entumece estanque
o jorro explode nos dedos
o punhal se aquece empunhado.
Reluz o frio acordado.
A morte em sangue nascida
a partir de um coração
alcança outro sangue outra morte.
Renascida de um punhal.
Ela tem o peito apertado
ela leva ao peito as suas mãos
ela traga o aço em seu peito.
Reencontra o peito a ferida
Ela teve o aço em si seduzido
ela não leva a culpa escondida
ela trouxe o amor pra outra vida.
Recebe assim mesmo a ferida.
Antes que o sangue contido
aqueça o frio metal e
atinja o peito antes vivo.
Recolho as mãos sanguentadas,
retiro a morte da vida.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário